3 de jan. de 2013

O MONSTRO DA LAGOA DA JANSEN Força e facilidade em rebotear do ala pivô Guilherme, do São Luís, o fizeram ser comparado a Fred Varejinho, MVP da 1ª edição da LDB. O time do São Luís saiu da 2ª edição da LDB sem nenhuma vitória, mas nem por isto a equipe maranhense não teve seus destaques. O jovem Aster Coubert, de apenas 17 anos e um vigor físico impressionante, o pivôzão Julimarr que igualou o recorde de tocos da LDB e terminou a primeira fase da competição na liderança do fundamento, ao lado de outro pivô, Ícaro, da Faculdade 2 de Julho da Bahia, são alguns exemplos. Mas quem mais chamou a atenção de quem acompanhou as partidas do São Luís em BH foi o ala pivô Guilherme Orlando Borges Mota, um monstro na intensa briga dos garrafões. Com 20 anos e 1m96, Guilherme chama a atenção pela facilidade em rebotear dos dois lados da quadra, mesmo sem o físico privilegiado. Ele terminou a 1ª fase da LDB como o 10º reboteiro da competição, com média de 8 rebotes por partida, sendo a metade deles ofensivos. Somente Dú Sommer, da equipe de Limeira, pegou mais rebotes que ele na tábua ofensiva. Quem acompanhou a 1ª edição da LDB e esteve em Belo Horizonte não pôde deixar de comparar o jogador maranhense com Fred Varejinho, MVP da 1ª LDB. Embora de físicos e realidades completamente diferentes, os dois possuem algumas similaridades em seus jogos. Conseguem dominar os rebotes mesmo sem tanta impulsão ou altura, mas compensam estas características com um privilegiado tempo de bola, um grande senso de colocação dentro do garrafão e muita força e explosão. Guilherme contou um pouco de sua história ao Território: Comecei a jogar basquete um pouco tarde, já com 12 anos, lá na quadra da Lagoa da Jansen, um dos pontos turísticos mais importantes de São Luís. Pouco depois o Prof. Hermílio me viu jogar e não demorou para que eu entrasse pro time da Escola São Marcos. Aos 15 anos tive a minha 1ª convocação para a Seleção Maranhense. Depois disto sempre estive na seleção estadual, em todas as categorias, sub 16, 17 e 19. Além de bom jogador, Guilherme enxerga bem suas características de jogo tanto positivas como negativas, e é pontual nos aspectos onde mais tem a evoluir. Antes de tudo tenho que emagrecer, este é o primeiro ponto. E tenho que evoluir muito também na técnica do jogo. Lá em São Luís temos muito pouco intercâmbio, principalmente com os times do sul e sudeste, então acaba que a gente dá uma estagnada técnica. E de qualidade sem dúvida tenho a defesa e a facilidade de pegar rebotes mesmo não sendo tão alto. O ala pivô do São Luís começará agora em 2013 a faculdade de Educação Física, mas isto não quer dizer que o sonho de se tornar jogador profissional de basquete tenha acabado. Vou começar a estudar agora em 2013, vou fazer o curso de Educação Física porque tem que se preparar pro futuro e eu quero trabalhar no esporte. Mas ainda sonho em ser um jogador profissional, em viver do basquete. Lá no Maranhão é complicado porque só temos dois times, o nosso que veio pra LDB e o da Faculdade onde joga quase todo o nosso time. Mas o NBB está expandindo, a 2ª divisão pode ser criada ano que vem, o sonho ainda não acabou. Pra finalizar, Guilherme fala da participação na Liga de Desenvolvimento. Foi uma experiência muito boa pra nós, uma oportunidade única de enfrentar equipes fortíssimas da elite do basquete brasileiro. Como te disse, lá em São Luís não temos muito intercâmbio, então foi um privilégio poder participar. Acho que saímos daqui melhores que entramos, mais fortes, mais conscientes do tanto que temos que crescer, foi um grande aprendizado pra todos nós.

1 de jan. de 2013

São Luis-MA se despede da LDB com derrota frente ao Ginástico-MG. O Ginástico-MG se despediu com vitória da LDB. Enfrentando o promissor time de São Luís, a equipe de Belo Horizonte não teve grandes dificuldades para vencer por 116 a 62. Ambas as equipes se despedem da competição com a sensação de que, apesar dos resultados negativos, os embates trouxeram muito mais experiência e intercâmbio do que se podia imaginar. Bauru-SP e São José-SP são as classificadas do grupo. O Ginástico começou melhor a partida, abrindo logo uma vantagem de oito pontos. No entanto, o ala-pivô Guilherme apareceu muito bem, pegando rebotes ofensivos, dando um toco espetacular e fazendo cestas que diminuíram a vantagem para dois pontos. Nos instantes finais do período, os mineiros conseguiram ampliar novamente a vantagem para 25 a 17. No segundo período, boas infiltrações de Aster e um arremesso de três pontos de Gerude, diminuíram o placar para 27 a 24. Neste momento, o Ginástico mudou sua postura em quadra, apertou a marcação e passou a contar com cestas fáceis. Quando não eram contra-ataques, eram arremessos de três pontos que fez a equipe mineira ir para o vestiário com ampla vantagem: 56 a 33. Os maranhenses brigaram bastante no terceiro período, mas seus jogadores começaram a se carregar com faltas. Julimar, que na véspera igualara o recorde de tocos da LDB, foi excluído da partida depois de cometer a quinta falta. Pelo lado mineiro, Ocelli continuava a castigar o adversário com seus arremessos de três pontos precisos e ajudou o Ginástico a aumentar a vantagem para 84 a 50. No último período, o Ginástico desfilou ótimos jogadores reservas que não tiveram tanta oportunidade nas primeiras partidas, casos de Rafael e João Vytor. Os maranhenses se despediram da segunda edição da LDB com quatro derrotas.
No entanto, mostraram alguns bons valores, como o super atlético Aster e Guilherme, o Zach Randolph maranhense. Apesar da baixa estatura, Guilherme teve boas atuações na LDB.
MARANHENSE NA HISTÓRIA DA LDB Julimar, de 2,06m de altura, jogador do São Luís/MA,  igualou o recorde de tocos da LDB e mantém sonho vivo: Mesmo saindo da LDB 2012 sem conquistar nenhuma vitória, a equipe do São Luís/MA gravou seu nome na lista dos recordes da competição: o seu pivô, JULIMAR DA SILVA JUNIOR, igualou o recorde de tocos em uma partida só da história do torneio, na derrota para o São José. Foram seis bloqueios, atingindo a marca do pivô Ronald, do Brasília.“É muito gratificante para mim, graças à Deus consegui atingir esse recorde, me sinto muito honrado por estar nessa colocação”, comemorou  Julimar. Julimar tem 21 anos e 2,06m de altura e pesa 100kg, nascido na própria cidade de São Luís/MA, pegou a primeira seleção maranhense com 14 anos. Mesmo sendo jogador de basquete, ele não deixa os estudos de lado, faz faculdade, e para melhorar, faz dois cursos: Ele faz dois cursos: Direito em uma universidade particular, e História na Federal do Maranhão, O gigante contou sua engraçada história de como ele chegou no basquete: “Com 12 anos, eu jogava futsal, como goleiro, mas minha cabeça já estava quase  batendo na trave, aí o técnico do basquete me viu e me perguntou se eu não queria jogar, e pediu pra eu dar um pulo, e pronto, estava no time de basquete”, contou.O gigante também comentou sobre a experiência de disputar pela primeira vez uma competição nacional de basquete, e aproveitou para falar da falta de torneios de basquete em sua região, dificultando apresentar um ritmo semelhante ao das demais equipes:“Foi de grande valia participar da LDB, pois quase não temos campeonatos na região Norte e Nordeste, portanto nós tentamos aproveitar ao máximo a de participação nesta competição para evoluirmos nosso basquete e ganharmos mais experiência”, disse o pivô. Julimar lamentou a falta de oportunidade, mas mantém os estudos e se diz aberto para propostas “Eu queria ter uma oportunidade para jogar, nunca tive. Agora vou voltar para a minha faculdade, disputar os poucos campeonatos que temos. Mas com certeza se aparecesse uma proposta, até mesmo em outro estado, eu iria”, comentou. Apesar da equipe ter passado por maus bocados, Julimar e seus companheiros seguem firmes na batalha. “O nosso time tem passado por muitas dificuldades, mas vamos continuar trabalhando forte pois temos muito a melhorar, agora é manter os pés no chão porque ainda temos uma longa caminhada pela frente”, finalizou o atleta. 
HERMÍLIO NINA, TÉCNICO DO SÃO LUÍS, FALOU DA IMPORTÂNCIA DO INTERCÂMBIO PROPICIADO PELA LDB E CONTA OS PLANOS PARA O FUTURO DO TIME Uma das equipes que não disputam o NBB e que foram convidadas para a 2ª edição da LDB é o São Luís Basquetebol Clube, do Maranhão. Um projeto que nasceu em 2007 e que, no futuro, quer fazer parte não apenas da Liga de Desenvolvimento, mas também do principal campeonato de basquete do país. Até aqui a equipe maranhense não conseguiu nenhuma vitória na LDB. Foram duas partidas e duas derrotas, mas o resultado é o que menos interessa como nos conta Hermílio Nina, técnico da equipe. Sabíamos que seriam jogos difíceis e já esperávamos por estes resultados. Nosso principal objetivo aqui é o intercâmbio, é propiciar troca para que estes meninos possam evoluir. Este ano viemos com uma equipe bem jovem, a base é sub 19 e temos alguns garotos até do Sub 17. No Maranhão não temos a oportunidade de enfrentar equipes do eixo Rio-São Paulo, então estar aqui na LDB é um grande privilégio pra gente. A gente espera poder voltar e que no ano que vem, e com uma preparação melhor, trazer um time mais forte. Hermílio acredita à falta de intercâmbio o maior problema do basquete nordestino. Com certeza a falta de intercâmbio é o maior entrave ao crescimento do basquete maranhense e nordestino. Na região já temos muita coisa acontecendo, Copa Nordeste, tem competições. Mas falta um intercâmbio maior com outras regiões do país e, principalmente na base. Esta troca tem que começar na base e bem cedo. Ele também elogia os Brasileiros de Base da CBB e conta que o Maranhã estará na 1ª divisão em 3 categorias na próxima temporada. Esse formato dos brasileiros de base ficou muito bom! Antes ele era regionalizado e acabava que as equipes que não avançavam jogavam apenas contra times de sua própria região. Hoje com a criação das divisões ficou bem melhor, porque cada divisão tem seleções do país inteiro. Em 2013 o Maranhão terá 3 categorias na 1ª divisão masculinas. O Sub 17 e o Sub 15 que conseguiram o rankeamento neste ano. O Sub 14, que ainda não há um ranking, obtemos em virtude dos resultados do Sub 15 e 17 na primeira. Hermílio fala do time feminino do Maranhão que disputou a LBF como exemplo pra falar de como o Estado é apaixonado pela bola laranja. Acho que o amor do maranhense pelo basquete é indiscutível. Maior exemplo disto é o time feminino que disputou a LBF, eu era representante da CBB nos jogos em São Luís e toda partida era ginásio lotado, o menor público na temporada foi de 2500 pessoas. O técnico também conta um pouco da história do São Luís Basquetebol Clube. Em 2006 tivemos uma equipe do Piauí na Nossa Liga de Basquete, o CBT Teresinense. Eu conhecia o Chiaretto Costa, que dirigia a equipe piauiense e que tinha alguns jogadores maranhenses, inclusive meu filho Leonardo. Em 2007 montamos o São Luís para disputar a Copa NLB, que foi realizada no Guarujá, em São Paulo. Nesse mesmo ano jogamos a fase classificatória da Nossaliga. Em 2010 começamos o trabalho de base e agora, a partir de 2013, queremos disputar todas as categorias na base, desde o mini até o sub 19. E pra finalizar, ele fala dos objetivos do time para o futuro. Nosso objetivo principal continuar fomentando o basquete maranhense, tanto na base como no adulto. Na base como te disse anteriormente, teremos todas as categorias a partir de 2013. No adulto queremos participar da Liga do Nordeste, da Copa Norte, conseguir uma classificação para Supercopa Brasil e, posteriormente, para a 2ª divisão do NBB que será criada na próxima temporada. Que Deus nos ajude, para seguir em frente com muita coragem!